Livre com Reese Witherspoon |
São acontecimentos assim que podem, por exemplo, destruir uma vida ou uma relação. Mas, o que importa é sair destes buracos que somos levados e nem percebemos diante da rotina. Com esse mote, o filme Livre com Reese Witherspoon, nos apresenta uma personagem que encontra em uma longa caminhada, de mais de 900km, a sua saída (ou expurgo).
De cara parece que o filme vai ser um tédio, mas não foi isso que aconteceu assim que as primeiras cenas apareceram. Os flash-backs vão nos ajudando a construir a história pregressa da heroína que vai se humanizando e deixando de ser tão forte como parece ser.
Cheryl não é uma moça ingênua, até mesmo por isso é capaz de se safar de algumas situações complicadas durante o trajeto. E carrega consigo o próprio inferno pessoal, movido pela doença terminal da sua mãe e das suas relações amorosas.
Lá pelas tantas, quando Cheryl chega no seu destino final, acontece a redenção daquela personagem humanizada e não mais a heroína da primeira cena (forte ao tirar uma unha quebrada do pé) desconstruída por um roteiro eficiente.
Todos nós temos um pouco de Cheryl e precisamos, de alguma forma, encontrarmos o nosso jeito de expurgar os erros ou de nos melhorar. Lá pela década de oitenta falávamos em "nos encontrar" e mesmo que isso não seja fácil, é necessário.
Tive muita vontade de encontrar uma longa caminhada para seguir, mas o grande trunfo de Livre é que não importa sair por ai, pois o inferno está dentro de nós. Aquela moça e todas as suas conturbadas relações estavam com ela, em qualquer lugar. O que nos torna realmente livres é a capacidade de olhar pra dentro de si, dar o tamanho certo para as coisas da vida (as boas e ruins). Ser feliz consigo mesmo, assumindo os defeitos e sendo capaz de se perdoar, se achou que errou aqui ou ali.
Espero que gostem do filme!
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